quarta-feira, 2 de maio de 2012

Ponte!

 
O dia nem clareou e aqui estou, não consegui dormir.
Me viro de um lado a outro , procurando conquistar  o sono .
Pensamentos começam a ganhar dimensão, lugares pessoas
A percepção do medo e causas.
Penso naquele rio, época infantil.
Lembrei do medo, e do facínio, lembro duma ponte que na verdade era um imenso tubo, onde crianças atravessavam,lembro de querer  atravessar, via crianças tentar, eu não,  a segurança de terra firme me impedia,
a noite, sonhava que caía, e acordava aterrorizada com a possibilidade da queda o medo que me dava e pensava o quão corajoso era quem conseguia atravessar. Eu não.
O medo me paralizava.
Ficava algum tempo parada, olhando o rio la embaixo. 
A emoção deve ser incrível, Melhor não! e se eu cair? e se me afogar ? e se eu  morrer? Eu não! melhor não!,
Me poupei de quedas de me machucar ,nunca senti a emoção de atravessar, aquela ponte, naquele lugar.
E com o tempo descobri que o medo, É a coragem do bom senso.
E sua ausência, a estupidez do corajoso.

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